Você sabia que a cantora Anitta Candomblé, além de ser um ícone pop mundial, também é praticante de candomblé? Recentemente, a artista causou alvoroço nas redes sociais ao compartilhar sua rotina em um terreiro, resultando na perda de 200 mil seguidores no Instagram. Em um gesto de resiliência e devoção, Anitta divulgou detalhes sobre seu novo videoclipe “Aceita”, que presta homenagem ao candomblé e a seus orixás.

Neste artigo, exploramos a corajosa declaração de Anitta sobre a importância da qualidade sobre a quantidade em sua nova fase de vida, e a profunda conexão espiritual expressa em seu trabalho mais recente. Mergulhe conosco nas tradições do candomblé, conheça mais sobre Exu e Logun Edé, e descubra como Anitta está usando sua plataforma para celebrar e reivindicar sua fé. Venha entender a história por trás dos acontecimentos que levaram a cantora a fazer essa escolha, e o impacto cultural e religioso de suas ações. 

Anitta Perde 200 Mil Seguidores Após Revelar Rotina em Terreiro de Candomblé

Recentemente, a cantora Anitta viu seu número de seguidores no Instagram cair em 200 mil após compartilhar detalhes de sua rotina em um terreiro de candomblé. Em resposta à perda de seguidores, Anitta publicou uma mensagem nesta segunda-feira (13) sobre seu novo videoclipe “Aceita”, que celebra o candomblé, religião que a artista pratica.

“Laroyê Exu tirando dos meus caminhos tudo o que já não me serve mais”, escreveu Anitta em seu perfil. “Nessa minha nova fase, escolhi qualidade e não quantidade.”

A expressão “Laroyê” é uma saudação ao orixá Exu, conhecido como o mensageiro dos caminhos abertos. Exu, que foi tema do desfile da Grande Rio em 2022, é frequentemente mal interpretado como uma figura diabólica na visão cristã.

Segundo as redes sociais de Anitta, o lançamento do videoclipe está previsto para quarta-feira (15). A cantora também compartilhou imagens inéditas do projeto no Instagram, fazendo uma homenagem ao orixá Logun Edé, tema do enredo da Unidos da Tijuca para o carnaval de 2025.

“Iorubá. Orixá. Eu sou Logun Edé, o grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência da minha mãe e a bravura e astúcia do meu pai. Como caçador e pescador, sou minha própria natureza. Eu sou o único capaz de reunir todos os mundos. Eu sou o equilíbrio entre homens e mulheres.

Sou adorado nos lugares sagrados do Brasil. Com Severiano levantei a casa de Kalé Bokum na Bahia. Com Zezito, minhas forças chegaram ao Rio de Janeiro, onde cheguei com a Corte Real de Ijexá. Estou presente em todos aqueles que me reconhecem como o ‘filho santo que os velhos respeitam’, como dizia Madre Menininha do Gantois.

Eu sou a força da juventude no tempo. Estou no presente, olhando para o futuro. Estou no passado, onde reivindico tradições. Estou no futuro, onde meu legado é imortal! Eu nunca morro.

Também estou no desafio dos limites. Neste mundo de afrontas, sou o combate à humilhação dos indivíduos subalternizados, empobrecidos e constrangidos simplesmente por existirem. Audácia é meu nome contra aqueles que negam uma vida plena e digna aos jovens negros.”

Anitta agradece o livramento que Exu deu a ela

Anitta perdeu inicialmente 100 mil seguidores no Instagram após compartilhar sua rotina em um terreiro de candomblé? Esse número já ultrapassou 200 mil seguidores. A cantora, no entanto, não se deixou abalar e continua firme em sua jornada espiritual e artística. Em uma recente postagem, Anitta questiona se essa perda massiva de seguidores reflete um preconceito religioso, levantando um debate importante sobre intolerância e respeito às diversas práticas religiosas.

No final de abril, durante uma coletiva de imprensa, Anitta revelou seus planos de incluir referências ao candomblé no clipe de “Aceita”.

Em uma entrevista à revista americana Harper’s Bazaar no início de 2023, a cantora contou sobre sua transição do catolicismo para o candomblé. A mudança ocorreu após seu padre favorito ser expulso da igreja por homenagear as religiões afro-brasileiras no Dia da Consciência Negra.

“Fiquei muito frustrada e não queria voltar para a igreja”, explicou Anitta.

Desde então, ela abraçou a fé do candomblé, praticada por seu pai, e passou a expressar sua espiritualidade abertamente também nas redes sociais.

A música integra o novo álbum de Anitta, “Funk Generation”, e o videoclipe tem estreia marcada para quarta-feira, 15 de maio.

Na legenda do post, a cantora compartilhou a sinopse do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025, que homenageará o orixá Logun Edé. 

Confira a postagem da anitta em seu perfil oficial do instagram

Iorubá. Orixá. Eu sou Longun Edé, o grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência da minha mãe e a bravura e astúcia do meu pai. Como caçador e pescador, sou minha própria natureza.

Eu sou o único capaz de reunir todos os mundos. Eu sou o equilíbrio entre homens e mulheres.

Sou adorado nos lugares sagrados do Brasil. Com Severiano levantei a casa de Kalé Bokum na Bahia. Com Zezito minhas forças chegaram ao Rio de Janeiro, onde cheguei com a Corte Real de Ijexá. Estou presente em todos aqueles que me reconhecem como o ‘filho santo que os velhos respeitam’, como dizia Madre Menininha do Gantois.

Eu sou a força da juventude no tempo. Estou no presente, olhando para o futuro. Estou no passado, onde reivindico tradições. Estou no futuro onde meu legado é imortal! Eu nunca morro.

Também estou no desafio dos limites. Neste mundo de afrontas, sou o combate à humilhação dos indivíduos subalternizados, empobrecidos e constrangidos simplesmente por existirem. Audácia é meu nome entre aqueles que negam uma vida plena e digna aos jovens negros.”

Texto sinopse da Unidos da Tijuca para o Carnaval de 2025, que será dedicado ao orixá.

Veja o Video Clipe “Aceita” – Música que sofreu preconceito religioso

Após oficializar o lançamento da música “Aceita”, Anitta enfrentou uma onda de preconceito religioso nas redes sociais. A cantora, que incorporou referências ao candomblé no videoclipe e expressou publicamente sua fé, viu seu número de seguidores no Instagram cair drasticamente. Esse episódio evidenciou a persistente intolerância religiosa presente em nossa sociedade.

É fundamental refletirmos sobre a importância de respeitar todas as crenças e práticas religiosas. A diversidade religiosa é uma riqueza cultural que deve ser celebrada e protegida. Precisamos, como sociedade, quebrar de uma vez por todas com todo tipo de intolerância religiosa, promovendo um ambiente de respeito e aceitação para todos. 

Diga Não a Intolerância Religiosa

A intolerância religiosa é um problema que continua a afetar nossa sociedade de maneira profunda e muitas vezes silenciosa. Recentemente, a cantora Anitta se tornou um exemplo claro dessa realidade ao sofrer uma onda de preconceito após oficializar a música “Aceita”, que faz referências ao candomblé. Esse incidente nos lembra da importância de refletir e agir contra todas as formas de discriminação religiosa.

Anitta, uma das artistas mais influentes do Brasil, viu sua base de seguidores no Instagram diminuir significativamente após compartilhar sua rotina em um terreiro de candomblé e lançar um clipe que celebra essa religião. Essa reação negativa nas redes sociais não apenas afeta Anitta pessoalmente, mas também destaca o preconceito enraizado contra as religiões afro-brasileiras.

A cantora sempre foi aberta sobre sua fé, uma transição que começou após seu padre favorito ser expulso da igreja católica por homenagear as religiões afro-brasileiras no Dia da Consciência Negra. Desde então, Anitta abraçou o candomblé, a religião praticada por seu pai, e passou a expressar essa espiritualidade publicamente.

O caso de Anitta é apenas um exemplo de como a intolerância religiosa se manifesta em nossa sociedade. Esse tipo de preconceito não é direcionado apenas às religiões afro-brasileiras, mas a qualquer crença que difira das normas religiosas dominantes. A intolerância pode se manifestar de várias formas, desde comentários depreciativos e estereótipos até atos de violência e discriminação institucional.

A intolerância religiosa não apenas fere os indivíduos que praticam essas crenças, mas também enfraquece a coesão social e a diversidade cultural. Em um país tão diverso quanto o Brasil, é essencial que todas as religiões sejam respeitadas e celebradas.

Promover a tolerância religiosa é mais do que apenas aceitar a existência de outras religiões; é celebrar a diversidade e reconhecer o valor que cada crença traz para a sociedade. Isso envolve educar as pessoas sobre diferentes práticas religiosas, combater estereótipos negativos e criar um ambiente onde todos possam praticar sua fé livremente e sem medo de represálias.

Como Podemos Contribuir

Cada um de nós tem um papel a desempenhar na promoção da tolerância religiosa. Podemos começar educando a nós mesmos e aos outros sobre as diversas religiões existentes. Participar de diálogos inter-religiosos, apoiar políticas públicas que protejam a liberdade religiosa e condenar qualquer forma de discriminação são passos importantes.

Também é crucial dar voz às pessoas que enfrentam preconceito religioso e apoiar figuras públicas, como Anitta, que têm a coragem de expressar sua fé abertamente. Através dessas ações, podemos trabalhar juntos para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Dizer “não” à intolerância religiosa é uma responsabilidade coletiva. Devemos nos unir para combater o preconceito em todas as suas formas e promover um ambiente de respeito e aceitação. A diversidade religiosa é uma riqueza que fortalece nossa cultura e sociedade. Vamos todos fazer a nossa parte para garantir que todas as pessoas possam praticar sua fé livremente e sem medo.

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Espiritualidade, Candomblé,

Última atualização: 10 de outubro de 2024