Ponto de umbanda quarta-feira de cinzas
Ponto Quarta Feira de Cinzas
Quarta feira de cinzas
Noite de temporal
Olha me deram uma notícia
Que me deixou muito mal
Foi capa de revista
Foi manchete de jornal
Olha mataram Zé Pilintra
Em um dia de carnaval
Mas olha que ironia
Foi a vida do seu Zé,
Não tinha medo de homem
Morreu nas mãos de uma mulher
E nunca mais ele verá a luz do dia
O malandro Zé Pilintra
Morreu na mão de Maria
Tem homem
Tem homem que bate em mulher
Mas também tem mulher que bate em homem
Tem homem que bate em mulher
Mas também tem mulher que bate em homem
Sabe a calunga pequena?
Maria Navalha mulher homem
Sabe a calunga pequena?
Maria Navalha mulher homem.
Ponto de umbanda quarta-feira de cinzas
Na quarta-feira de cinzas, quando o céu se abre em lágrimas e a noite se veste de temporal, reunimo-nos em reverência e respeito neste ponto de Umbanda. É uma noite de reflexão, de olhares voltados para dentro, enquanto as águas da chuva lavam as impurezas e renovam nossas almas.
Neste espaço sagrado, ecoam as palavras de um ponto que ressoa a história de um tempo passado, de uma tragédia que ecoou nas manchetes dos jornais e no murmúrio das ruas. “Foi capa de revista, foi manchete de jornal…” O som das palavras ecoa, enquanto lembramos da partida de Zé Pilintra, um espírito malandro e cheio de vivacidade, que encontrou seu fim em um dia de folia, nas mãos de Maria.
Que ironia da vida! O malandro que não temia homens encontrou seu destino nas mãos de uma mulher. E assim, Zé Pilintra se despediu da luz do dia, sua jornada terrena encerrada pelas mãos de Maria Navalha, uma figura misteriosa que transcende os limites do gênero.
E neste ponto de Umbanda, refletimos sobre a violência que atravessa as relações humanas. “Tem homem que bate em mulher, mas também tem mulher que bate em homem…” As palavras ressoam, lembrando-nos da complexidade das interações humanas e da importância de buscar a paz e o respeito mútuo.
Na quarta-feira de cinzas, neste ponto de Umbanda, honramos a memória de Zé Pilintra e todos aqueles que encontraram seu fim de forma trágica. Que a luz divina os guie em sua jornada espiritual, enquanto nós, aqui na Terra, buscamos aprender com suas histórias e cultivar a compaixão em nossos corações.
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