Queridos irmãos você ja ouvir falar sobre a Feijoada de Ogum?, uma prática ancestral que une culinária e espiritualidade nas religiões afro-brasileiras. Neste artigo, exploramos o significado por trás desse ritual sagrado, mergulhando nas tradições, nos símbolos e nas crenças que o envolvem. Convidamos você a embarcar nessa jornada de conhecimento e descoberta, onde cada ingrediente tem um significado profundo e cada preparo é carregado de devoção. Explore conosco a riqueza cultural e espiritual da Feijoada de Ogum e mergulhe em uma experiência única de conexão com o divino.
Feijoada de Ogum
A Feijoada de Ogum é muito mais do que apenas uma refeição. É um ato de devoção, uma manifestação de fé enraizada na cultura religiosa afro-brasileira. Ogum, um dos principais orixás do panteão iorubá, é reverenciado como o guerreiro valente, protetor dos caminhos e das batalhas. A feijoada, um prato tradicionalmente brasileiro, é escolhida como símbolo dessa conexão com Ogum devido à sua robustez e substância. Preparada com ingredientes como feijão preto, carne de porco, linguiça, bacon e diversos temperos, a Feijoada de Ogum é elaborada com cuidado e reverência.
Para os adeptos das religiões afro-brasileiras, oferecer a Feijoada de Ogum é um ato de devoção e gratidão. Acredita-se que ao preparar e compartilhar esse prato sagrado, os fiéis estabelecem uma conexão espiritual com o orixá, atraindo suas bênçãos e proteção. Cada ingrediente da feijoada carrega um significado simbólico, representando aspectos da personalidade e das qualidades de Ogum. O feijão preto, por exemplo, simboliza a fertilidade e a prosperidade, enquanto a carne de porco está associada à força e à resistência.
Além de ser uma prática religiosa, a Feijoada de Ogum também é uma oportunidade de comunhão entre os membros da comunidade religiosa. É um momento de compartilhar histórias, fortalecer laços e celebrar a espiritualidade em conjunto. Durante o preparo e o consumo da feijoada, os participantes entoam cânticos, orações e invocações, criando uma atmosfera de reverência e alegria.
A Feijoada de Ogum não é apenas uma refeição física, mas também um banquete espiritual. Acredita-se que ao participar desse ritual, os devotos fortalecem sua ligação com o divino e encontram conforto e proteção nas bênçãos de Ogum. Assim, a Feijoada de Ogum representa não apenas uma tradição culinária, mas também uma expressão profunda de devoção e fé na espiritualidade afro-brasileira.
Quem é Ogum?
Ogum, na tradição das religiões afro-brasileiras, é um dos orixás mais venerados e poderosos. Ele é considerado o senhor da guerra, da tecnologia, da metalurgia, da agricultura, da justiça e também é associado à proteção e à coragem. Na mitologia iorubá, Ogum é filho de Oduduwa, o criador do mundo, e irmão de Exu, Oxossi e Oxum. Sua influência é tão significativa que é reverenciado não apenas nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, mas também em outras religiões de matriz africana ao redor do mundo.
Ogum é frequentemente retratado como um guerreiro imponente, vestindo uma armadura de metal e empunhando uma espada afiada. Sua cor é o vermelho, simbolizando a energia, a força e a paixão. Ele também é associado ao ferro e ao fogo, elementos que representam sua habilidade na metalurgia e na proteção.
Além de suas atribuições guerreiras, Ogum também é cultuado como um protetor das estradas e dos viajantes, sendo invocado para abrir caminhos e remover obstáculos. Muitos devotos recorrem a ele em momentos de dificuldade e adversidade, buscando coragem, determinação e proteção para enfrentar os desafios da vida.
Na Umbanda, Ogum é frequentemente sincretizado com São Jorge, o santo guerreiro, enquanto no Candomblé suas características são mais próximas das tradições africanas originais. Seus filhos de santo são conhecidos por sua determinação, coragem e senso de justiça, refletindo as qualidades do próprio Ogum.
Os rituais em honra a Ogum variam de acordo com a tradição e o terreiro, mas muitas vezes envolvem oferendas de comida, bebida e objetos simbólicos, como espadas e ferramentas de metal. A Feijoada de Ogum é um exemplo de prática comum, onde os devotos preparam e oferecem esse prato como forma de demonstrar devoção e estabelecer uma conexão espiritual com o orixá.
Ogum é uma figura central nas religiões afro-brasileiras, reverenciado como um guerreiro poderoso, um protetor incansável e um exemplo de determinação e coragem para seus seguidores. Seu culto é uma manifestação da rica espiritualidade e da complexa cosmologia das tradições africanas, que continuam a exercer uma profunda influência na cultura e na religiosidade do povo brasileiro.
Qual o dia de Ogum?
O dia 23 de abril é uma data significativa para os devotos de Ogum, pois é quando se celebra São Jorge, santo cristão que faz sincretismo com o orixá Ogum nas religiões afro-brasileiras. Neste dia, muitos seguidores de tradições como o Candomblé e a Umbanda realizam oferendas e rituais em homenagem a Ogum, o orixá guerreiro.
Ogum é uma divindade reverenciada por sua força, coragem e determinação. Ele é conhecido como o senhor das guerras, o protetor dos caminhos, o guardião das leis e o patrono dos ferreiros, soldados, motoristas e todos aqueles que enfrentam batalhas em suas vidas. Sua energia é representada pelo ferro e pelo fogo, elementos que simbolizam sua determinação e capacidade de superar obstáculos.
No sincretismo religioso brasileiro, São Jorge é associado a Ogum devido às semelhanças em suas características e atributos. Ambos são vistos como guerreiros valentes, defensores da fé e protetores dos fiéis. O dia de São Jorge, portanto, tornou-se uma oportunidade para os seguidores das religiões afro-brasileiras celebrarem Ogum e renovarem sua devoção a esse poderoso orixá.
Durante o dia de Ogum, os devotos costumam realizar diversas práticas religiosas para homenageá-lo e buscar sua proteção. Isso pode incluir a preparação de oferendas, como comidas, velas, flores e bebidas, que são oferecidas aos santos em rituais específicos. Além disso, são entoados cânticos, rezas e pontos de Ogum para invocar sua presença e receber suas bênçãos.
A feijoada é uma das comidas tradicionalmente associadas a Ogum e frequentemente servida em suas celebrações. A riqueza de sabores e a robustez desse prato refletem a força e a determinação do orixá guerreiro, sendo uma forma simbólica de alimentar e fortalecer o corpo e o espírito.
O dia de Ogum é uma oportunidade para os devotos refletirem sobre suas próprias batalhas e desafios, buscando inspiração na coragem e na determinação desse orixá para superá-los. É um momento de renovar a fé, a esperança e o compromisso com os valores de justiça, honra e proteção que Ogum representa.
O dia 23 de abril é uma ocasião especial para os seguidores das religiões afro-brasileiras celebrarem Ogum, expressarem sua devoção e gratidão a esse orixá e fortalecerem seu vínculo espiritual com ele. É uma oportunidade para honrar a tradição e os ensinamentos de Ogum, buscando sua orientação e proteção em suas jornadas de vida.
Porque faz feijoada para Ogum?
A prática de preparar uma feijoada para Ogum, um dos orixás mais venerados nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, é uma tradição profundamente enraizada na cultura religiosa do Brasil. Enquanto muitos associam a feijoada a uma refeição de celebração e confraternização, nos terreiros ela também assume um significado sagrado e ritualístico, servindo como uma oferta aos deuses e como um meio de fortalecer os laços comunitários.
Para entender por que a feijoada é preparada para Ogum e oferecida nos rituais religiosos, é importante considerar o simbolismo por trás desse prato e a sua conexão com os valores e princípios associados a esse orixá. Ogum é conhecido como o senhor da guerra, da tecnologia, da metalurgia e da justiça, e é reverenciado como um protetor e um guerreiro poderoso. Sua energia é associada à determinação, à coragem e à força interior necessária para superar os desafios da vida.
A feijoada, por sua vez, é um prato que tem a capacidade de unir as pessoas e de alimentar não apenas o corpo, mas também a alma. É um prato tradicionalmente preparado com ingredientes como feijão preto, carne de porco, linguiça, bacon e outros embutidos, que conferem um sabor rico e encorpado ao prato. Na visão gastronômica, a feijoada é valorizada por sua complexidade de sabores e pela habilidade de agregar os comensais ao redor da mesa.
No contexto religioso, a feijoada é oferecida a Ogum como uma forma de demonstrar devoção e gratidão, além de estabelecer uma conexão espiritual com o orixá. A escolha dos ingredientes, como o feijão preto e as carnes suínas, é cuidadosamente considerada, pois cada elemento possui um significado simbólico e representa uma oferta de energia e vitalidade ao orixá.
Ao preparar e oferecer a feijoada a Ogum, os devotos buscam não apenas alimentar o corpo físico, mas também nutrir o espírito e fortalecer os laços comunitários dentro do terreiro. É um ato de partilha, generosidade e reverência aos princípios e valores representados por Ogum, como a coragem, a determinação e a proteção.
Além disso, a feijoada de Ogum resgata a tradição ancestral do preparo desse prato, valorizando seus sabores naturais e tradicionais, e reafirmando a importância da conexão com as raízes culturais e religiosas. É um ritual que transcende o simples ato de cozinhar e comer, tornando-se uma expressão de fé, devoção e respeito aos ensinamentos e tradições dos antepassados.
A feijoada de Ogum é muito mais do que apenas uma refeição. É um símbolo de união, devoção e respeito à espiritualidade afro-brasileira, e uma maneira de honrar e celebrar a presença e a influência poderosa de Ogum nas vidas dos devotos e na cultura do Brasil.
O que vai na comida de Ogum?
A comida de Ogum, um dos orixás mais venerados nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, é uma expressão culinária carregada de simbolismo e ritualismo. Conhecido como o senhor do ferro e do fogo, Ogum é reverenciado como um guerreiro poderoso e protetor, cujas cores tradicionais são o verde, o vermelho e o branco, embora em muitos terreiros apenas o vermelho seja utilizado.
As comidas de santo, como são chamadas, são preparadas por cozinheiras especializadas nos terreiros, conhecidas como Yabassés, em cerimônias que envolvem rezas, evocações e cantigas dedicadas aos santos. Essas comidas, também chamadas de comida de axé, são uma manifestação da influência dos terreiros na culinária brasileira, trazida pelos africanos durante o período da escravidão.
Para Ogum, as oferendas alimentares geralmente incluem pratos como feijoada com feijão preto ou farofa de feijão fradinho, preparados de maneira mais rústica para refletir a natureza guerreira e viril do orixá. Cada ingrediente utilizado possui uma simbologia específica: o dendê, por exemplo, representa o sangue vegetal e o axé da realização, enquanto o mel simboliza a purificação.
Além dos alimentos, as oferendas a Ogum podem incluir objetos, bebidas, frutas e a imagem do santo que está associado ao orixá. Antigamente, essas oferendas eram depositadas em rios e cachoeiras, o que acabava causando poluição ambiental. No entanto, houve uma mudança nesse conceito, e atualmente as oferendas são oferecidas em barracões, especialmente durante as comemorações do dia 23 de abril, dedicado a Ogum.
A feijoada de Ogum, em particular, é um prato que além de saciar a fome física, busca nutrir o espírito e estabelecer uma conexão espiritual com o orixá. Seus sabores ricos e encorpados, combinados com o simbolismo dos ingredientes, tornam essa comida não apenas uma oferta aos deuses, mas também uma expressão de devoção e gratidão pela presença e proteção de Ogum na vida dos devotos.
Assim, a culinária brasileira é profundamente influenciada pelos rituais religiosos afro-brasileiros, que valorizam não apenas o sabor e a apresentação dos pratos, mas também o significado simbólico e espiritual que eles carregam. As comidas de santo, como a feijoada de Ogum, representam uma ponte entre o sagrado e o profano, unindo tradição, fé e cultura em uma única refeição.
Como fazer a Feijoada de Ogum
Ingredientes Feijoada de Ogum:
- 500g de feijão preto
- 300g de carne de porco (costelinha, pé, orelha)
- 300g de linguiça calabresa
- 300g de linguiça defumada
- 200g de carne seca
- 200g de bacon
- 2 cebolas grandes
- 4 dentes de alho
- 2 folhas de louro
- 2 colheres de sopa de óleo de dendê
- 1 xícara de chá de farinha de mandioca
- Sal a gosto
- Pimenta-do-reino a gosto
- Cheiro verde a gosto
Modo de preparo Feijoada de Ogum:
Deixe o feijão de molho em água por pelo menos 4 horas antes de cozinhar. Após esse período, escorra a água e reserve o feijão.
Em uma panela de pressão, coloque o feijão, cubra com água (cerca de 2 dedos acima do nível do feijão) e adicione as folhas de louro. Cozinhe por aproximadamente 30 minutos após pegar pressão ou até o feijão ficar macio.
Enquanto o feijão cozinha, prepare as carnes. Em outra panela, ferva a carne seca por 20 minutos, trocando a água pelo menos duas vezes durante o processo para dessalgar. Em seguida, corte-a em pedaços pequenos.
Em uma frigideira grande, frite o bacon até que fique dourado e crocante. Retire o bacon da frigideira e reserve.
Na mesma frigideira, adicione as linguiças cortadas em rodelas e frite até que estejam douradas. Retire as linguiças da frigideira e reserve.
Na mesma frigideira, adicione a carne de porco e frite até que esteja bem dourada. Retire-a da frigideira e reserve.
Na mesma frigideira, refogue a cebola e o alho picados até que fiquem dourados e aromáticos.
Transfira todas as carnes (bacon, linguiça, carne de porco e carne seca) para a panela de feijão cozido. Misture bem.
Adicione o óleo de dendê à panela e mexa bem para incorporar todos os sabores.
Deixe a feijoada cozinhar em fogo baixo por mais 20 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela.
Quando estiver quase pronto, adicione a farinha de mandioca à feijoada e mexa bem para engrossar o caldo.
Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto e deixe cozinhar por mais alguns minutos até que a feijoada esteja bem encorpada.
Finalize adicionando o cheiro verde picado por cima da feijoada.
Sirva a feijoada de Ogum acompanhada de arroz branco, farofa e laranja fatiada.
Essa feijoada é uma homenagem ao orixá Ogum e, além de ser uma delícia, é uma forma de conectar-se espiritualmente com a energia protetora e guerreira desse orixá. Aproveite!
Qual é a bebida preferida de Ogum?
No Candomblé e a Umbanda, Ogum é reverenciado como um orixá guerreiro, associado à coragem, proteção, trabalho duro e superação de obstáculos. Entre as oferendas e rituais dedicados a Ogum, a escolha da bebida preferida desse orixá é um aspecto significativo.
Embora a preferência de Ogum possa variar dependendo da tradição específica de cada casa religiosa e das orientações dos líderes espirituais, a cerveja é frequentemente reconhecida como uma das bebidas preferidas deste orixá guerreiro. A cerveja é valorizada por sua natureza refrescante e sociável, e muitas vezes é associada à celebração e à camaradagem – atributos que ressoam com a energia de Ogum.
A cerveja tem sido historicamente um elemento presente em rituais e celebrações em várias culturas ao redor do mundo, incluindo as de origem africana. Sua popularidade como oferenda em rituais de Ogum pode ser atribuída à sua capacidade de unir as pessoas em comunhão e celebração.
Ao oferecer cerveja a Ogum, os praticantes das religiões afro-brasileiras buscam fortalecer seu vínculo espiritual com o orixá, honrar sua energia guerreira e receber sua proteção e orientação em suas jornadas de vida. A cerveja é vista como uma forma de expressar respeito, devoção e gratidão a Ogum, além de fortalecer a conexão entre o mundo espiritual e o mundo material.
É importante ressaltar que, além da cerveja, outras bebidas alcoólicas, como aguardente, rum ou whisky, também podem ser oferecidas em rituais dedicados a Ogum, dependendo das tradições específicas de cada casa religiosa e das preferências dos praticantes.
O mais importante em qualquer oferenda a Ogum é a intenção e devoção com que ela é feita, em busca de fortalecer a conexão espiritual e receber as bênçãos e proteção do orixá guerreiro.
Qual a fruta que Ogum gosta?
Essas são apenas algumas das frutas associadas a Ogum nas práticas rituais das religiões afro-brasileiras. É importante ressaltar que a escolha das frutas pode variar de acordo com as tradições específicas de cada casa religiosa e as orientações dos líderes espirituais.
O mais importante em qualquer oferenda a Ogum é a intenção e devoção com que ela é feita, em busca de fortalecer a conexão espiritual e receber as bênçãos e proteção do orixá guerreiro.
Uma das frutas mais comumente associadas a Ogum é o coco. O coco é valorizado por sua versatilidade, pois todas as suas partes – a água, a polpa e a casca – podem ser utilizadas em diferentes rituais e oferendas.
A água de coco é vista como uma bebida purificadora e refrescante, enquanto a polpa do coco é apreciada por seu sabor e nutrição. A casca do coco também é usada em práticas rituais, muitas vezes para representar a cabeça de Ogum em oferendas.
Além do coco, outras frutas também são associadas a Ogum, dependendo das tradições específicas de cada casa religiosa e das preferências dos praticantes. Entre essas frutas, estão:
Manga: A manga é valorizada por sua doçura e suculência. Ela é oferecida a Ogum como um símbolo de abundância, prosperidade e fertilidade.
Abacaxi: O abacaxi é conhecido por seu sabor refrescante e aroma distinto. Ele é oferecido a Ogum como um símbolo de purificação, renovação e vitalidade.
Banana: A banana é uma fruta nutritiva e energizante. Ela é oferecida a Ogum como um símbolo de força, resistência e crescimento.
Laranja: A laranja é apreciada por seu sabor cítrico e propriedades refrescantes. Ela é oferecida a Ogum como um símbolo de vitalidade, energia e alegria, ideal para servir junto com a feijoada de Ogum.
Melancia: A melancia é conhecida por sua polpa suculenta e refrescante. Ela é oferecida a Ogum como um símbolo de fartura, prosperidade e felicidade.
Qual a vela de ogum?
As velas desempenham um papel significativo nos rituais das religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, onde são utilizadas como meio de comunicação e conexão com os orixás e entidades espirituais. No caso de Ogum, um dos orixás mais venerados nessas tradições, a vela desempenha um papel importante em suas oferendas e cerimônias.
A cor da vela usada para homenagear Ogum geralmente é o verde, embora em algumas tradições também seja aceitável o uso do azul. Ambas as cores estão associadas às características e energias desse orixá guerreiro.
O verde simboliza a natureza, a esperança, a vitalidade e o equilíbrio. Para Ogum, essa cor representa sua ligação com a terra, sua capacidade de cura e renovação, bem como seu papel como protetor dos caminhos e das batalhas. Além disso, o verde está relacionado à energia da floresta e à força da vegetação, elementos que estão em sintonia com a natureza agressiva, mas também curativa, de Ogum.
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O azul, por sua vez, está associado à tranquilidade, à serenidade e à proteção espiritual. Para Ogum, essa cor representa sua capacidade de trazer paz e proteção aos seus devotos, além de sua ligação com as águas, que também fazem parte de sua esfera de influência. O azul está relacionado à calma que precede a batalha, à clareza mental necessária para tomar decisões estratégicas e à proteção espiritual que Ogum oferece aos seus seguidores.
Além da cor da vela, também é importante considerar o tamanho e a forma da mesma. Velas maiores, especialmente as conhecidas como “velas de sete dias”, são frequentemente usadas em oferendas a Ogum, pois representam um compromisso prolongado e contínuo com o orixá. No entanto, velas menores também podem ser usadas, especialmente em rituais mais curtos ou individuais.
Independentemente da cor, tamanho ou forma, o mais importante ao escolher uma vela para Ogum é a intenção e devoção com que ela é acesa. Ao acender a vela, os devotos buscam estabelecer uma conexão espiritual com Ogum, pedindo sua proteção, orientação e bênçãos em suas batalhas diárias e em seus caminhos pela vida.
Qual o ponto de Ogum? Ideal para tocar ao servir a feijoada de Ogum
O ponto de Ogum é uma forma de invocar e homenagear esse orixá guerreiro nas tradições afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda. É uma expressão musical e poética que evoca a energia e os atributos de Ogum, conectando os devotos com sua presença espiritual e sua proteção.
A letra da música fornecida descreve uma cena em que Ogum parte para a guerra, causando tristeza em Iemanjá, a mãe das águas, que chora sua partida. No entanto, quando Ogum retorna vitorioso da batalha, Iemanjá se alegra e canta em celebração à sua vitória. Essa narrativa reflete a relação entre Ogum e Iemanjá, duas divindades frequentemente associadas e reverenciadas nas religiões de matriz africana.
O ponto de Ogum mencionado na letra, “Ogum de ronda, Ogum sete ondas”, destaca algumas das características e atributos de Ogum. “Ogum de ronda” faz referência à sua natureza vigilante e protetora, enquanto “Ogum sete ondas” remete à sua conexão com o mar e sua capacidade de superar obstáculos.
Ao servir a feijoada, tocar o ponto de Ogum é uma forma de convidar sua presença e sua bênção sobre a refeição. A música evoca a coragem, a determinação e a força de Ogum, características que são especialmente adequadas para acompanhar um prato tão robusto e simbolicamente poderoso como a feijoada.
O ritmo e a melodia do ponto de Ogum são geralmente marcantes e enérgicos, refletindo a natureza combativa e dinâmica desse orixá. Tocar esse ponto durante o serviço da feijoada cria uma atmosfera de reverência e respeito, convidando Ogum a abençoar a refeição e seus comensais com proteção, prosperidade e vitória em seus empreendimentos.
Além disso, a letra da música ressalta a presença de Ogum tanto no mar quanto na areia, mostrando sua influência em diferentes aspectos da vida e da natureza. Isso reforça a ideia de que Ogum está sempre presente para proteger seus devotos, estejam eles enfrentando desafios no mar agitado da vida ou nas areias áridas das batalhas cotidianas.
Ao servir a feijoada de Ogum, tocar o ponto de Ogum é mais do que uma simples prática musical; é um ato de devoção e gratidão, uma maneira de honrar a tradição e convidar a presença e a proteção divinas sobre a refeição e todos aqueles que a compartilham.
A feijoada de Ogum é uma pratica da Umbanda e do Candomblé?
A Feijoada de Ogum é uma prática que faz parte das tradições religiosas da Umbanda e do Candomblé, duas das principais religiões afro-brasileiras. Ogum é um dos orixás mais venerados nessas religiões, sendo associado à guerra, à proteção e à justiça. A feijoada, além de ser um prato tradicionalmente brasileiro, é também uma oferenda culinária frequentemente oferecida a Ogum em rituais sagrados.
Na Umbanda, que é uma religião sincrética que combina elementos do Catolicismo, do Espiritismo e das religiões africanas, Ogum é sincretizado com São Jorge, o santo guerreiro da Igreja Católica. Assim, em muitas casas de Umbanda, especialmente as que seguem a linha de Ogum, a Feijoada de Ogum é preparada e servida em datas especiais, como festas dedicadas a São Jorge ou em celebrações específicas do orixá.
Já no Candomblé, que é uma religião de matriz africana mais tradicional, Ogum é cultuado de maneira mais específica, sendo um dos orixás mais importantes da religião. Na feitura de santo, que é o ritual de iniciação na religião, cada pessoa tem um orixá de cabeça, que é aquele que rege sua vida espiritual.
Para aqueles que têm Ogum como orixá de cabeça, é comum oferecer Feijoada de Ogum como parte dos rituais de obrigação, festas de aniversário do orixá, ou em outras ocasiões especiais.
A Feijoada de Ogum é preparada com ingredientes específicos que remetem às características desse orixá. Além do feijão preto, que é a base do prato, são utilizados ingredientes como carne de porco, linguiça, bacon, e temperos como cebola, alho e cheiro-verde.
O dendê também é um ingrediente importante, pois representa o axé (energia) de Ogum. A feijoada é servida em cerimônias religiosas como forma de oferecer alimento e axé ao orixá, fortalecendo a conexão entre os fiéis e o divino.
A Feijoada de Ogum é uma prática comum tanto na Umbanda quanto no Candomblé, representando uma forma de culto e devoção ao orixá guerreiro, Ogum, em ambas as religiões afro-brasileiras.
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